Fuente: Petronoticias
Durante o evento promovido pelo IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, pediu que todos os segmentos da indústria de petróleo busquem um entendimento em relação à política de conteúdo local com os fornecedores de máquinas e equipamentos. Ele defendeu que o principal objetivo é promover o desenvolvimento do setor o mais rápido possível.
Para o presidente da Petrobrás, em função de diversas barreiras, “ é hostil fazer negócios no Brasil”, disse. Recentemente o governo anunciou que vai reduzir os percentuais de conteúdo local para as atividades exploratórias de 37% para 18%, e de 50% para 25% na fase de desenvolvimento da produção. Essa ideia foi defendida tanto pela própria Petrobrás quanto pelo IBP, que fala em nome das petroleiras internacionais que atuam no Brasil. A medida gerou críticas ácidas, principalmente pelas empresas fornecedoras de materiais e equipamentos, que defendem os mesmos percentuais de exigidos de conteúdo local por segmentos
Parente disse que muitas empresas internacionais estão interessadas em investir aqui. E que só um marco regulatório do setor de óleo e gás adequado, viabilizará os investimentos. Se não houver atratividade no ambiente de negócios, nada acontecerá:
“Devemos nos entender o mais rapidamente possível. Pior do que uma política de conteúdo local supostamente ruim, mas que gera contratos relevantes para o nosso país, é a situação de não haver contrato nenhum, que é a situação que vivemos até pouco tempo atrás”
Pedro Parente, no entanto, reconheceu as dificuldades que as empresas brasileiras enfrentam quando precisam investir para ser competitivas. Mesmo assim, defende a quebra da política de conteúdo local. Para Petrobrás, é mais fácil e mais barato fazer as obras no exterior, mesmo sabendo as razões para isso:
“Investir, empreender, produzir, fazer negócios no Brasil é uma verdadeira corrida de obstáculos. Entraves de diversas natureza. Tributários, ambientais e trabalhistas são obstáculos dessa corrida sem fim. É hostil fazer negócios no Brasil”.