As novas perspectivas para a carga, que representa a soma do consumo com as perdas na rede, vêm mesmo após um desempenho em 2018 pouco acima do previsto, com alta de 1,5% frente ao ano anterior, ante estimativa anterior de avanço de 1,4%.
Fuente: O Globo
  
Órgãos técnicos cortaram a projeção de avanço na demanda por energia elétrica do Brasil no período de 2019 a 2023, citando fatores como um PIB abaixo do esperado no ano passado e até impactos do rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG) em janeiro.
 
Em boletim divulgado nesta quarta-feira (27), a estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia (CCEE) previram alta de 3,4% na carga de energia em 2019 e 3,8% em 2020, contra 3,6% e 3,7% antes.
 
As novas perspectivas para a carga, que representa a soma do consumo com as perdas na rede, vêm mesmo após um desempenho em 2018 pouco acima do previsto, com alta de 1,5% frente ao ano anterior, ante estimativa anterior de avanço de 1,4%.
 
"PIB de 2018 foi abaixo do esperado, resultando em uma herança estatística menor para o PIB de 2019... em termos setoriais, houve redução das projeções da indústria, por conta do desempenho econômico e do desastre de Brumadinho", apontaram EPE, ONS e CCEE no boletim técnico.
 
As projeções para 2021 foram mantidas, com avanço anual de 3,6%, mas houve cortes também nas previsões para 2022 e 2023, para altas de 3,7% e 4%, ante 3,9% anteriormente.
 
Com isso, o Brasil deverá chegar a 2023 com uma carga de energia de 79.822 megawatts médios, contra 79.944 megawatts médios estimados anteriormente.