Fuente: O Globo
Para 2019, os economistas das instituições financeiras diminuíram a expectativa de inflação de 4,03% para 4,01%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
As previsões constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o mercado financeiro manteve a previsão estável em 3,69% para 2018.
A expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
Produto Interno Bruto
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão do mercado financeiro permaneceu em 1,30% na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia subiu de 2,53% para 2,55%.
Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021 – que continuou em 2,5%.
Outras estimativas
Taxa de juros - O mercado baixou de 7,25% para 7,13% ao ano a previsão para a taxa de juros, a Selic, no fim do ano que vem. Atualmente, o juro básico da economia está em 6,50% ao ano, na mínima histórica. Com isso, os analistas seguem prevendo alta dos juros no próximo ano.
Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,85 por dólar. Para o fechamento de 2019, continuou R$ 3,80 por dólar.
Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 caiu de US$ 57,75 bilhões para US$ 57,10 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 53,4 bilhões para US$ 52 bilhões.
Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, subiu de US$ 74 bilhões para US$ 75 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas avançou de US$ 78,4 bilhões para US$ 79,5 bilhões.