Fuente: O Globo
A transação, que quase triplica a produção de petróleo da Statoil no Brasil, prevê pagamento inicial de US$ 2,35 bilhões, além de um adicional de até US$ 550 milhões.
Roncador foi a maior descoberta offshore no Brasil na década de 1990 e atualmente é o terceiro maior campo produtor do portfólio da Petrobras, com cerca de 10 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) no local e um volume recuperável restante esperado de mais de 1 bilhão de barris.
O campo está em produção desde 1999. São de cerca de 240 mil barris de petróleo por dia, mais cerca de 40.000 barris por dia de gás. A transação aumenta a produção de capital da Statoil no Brasil em cerca de 175%.
De acordo com a Petrobras, a operação ainda está sujeita ao cumprimento de todas as condições precedentes previstas no acordo, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Atualmente, a Petrobras e a Statoil são parceiras em 13 áreas, em fase de exploração ou de produção, sendo que 10 estão localizadas no Brasil e 3 no exterior.
"A parceria estratégica com a Statoil está fundamentada num alinhamento de interesses estratégicos das duas companhias e no potencial de geração de valor para as partes, em função de seus conhecimentos e experiências nos segmentos de exploração e produção em águas profundas e de gás natural", completou a companhia.
Outro acordo
Além da cessão de parte do campo de Roncador, a Petrobras também selou um acordo que dá à Statoil a opção de contratar uma determinada capacidade de processamento de gás natural no terminal de Cabiúnas (Tecab) para o desenvolvimento da área do BM-C-33, onde as companhias já são parceiras, sendo a norueguesa a operadora.
Localizado em Macaé (RJ), o Tecab, operado pela Petrobras e maior polo de processamento de gás natural do Brasil, passou recentemente por um processo de ampliação e teve sua capacidade expandida para poder processar até 25 milhões de m³/dia de gás natural e cerca de 70 mil bpd de condensado de gás natural.
Segundo a Petrobras, a transação faz parte do Programa de Parcerias e Desinvestimentos para o biênio 2017-2018 e está alinhada ao Plano de Negócios e Gestão da petroleira.